Nesta semana a ESECS Politécnico de Leiria, em colaboração com a NHL Stenden University of Applied Sciences, nos Países Baixos, realizou a atividade “Human Rights Through the Looking-Glass: ‘Black Mirror’”. O Clube para a UNESCO de Inovação e Desenvolvimento Cultural esteve envolvido na orientação e acompanhamento da iniciativa, contando com a participação ativa de alguns dos seus membros, que contribuíram para o debate e para a construção coletiva de reflexões críticas.
A atividade iniciou-se na quarta-feira, 26 de março, com uma sessão de visualização de um episódio selecionado da série Black Mirror. A escolha da série não foi aleatória: sendo conhecida pelo seu olhar crítico sobre o impacto da tecnologia na sociedade contemporânea, Black Mirror permitiu problematizar a relação entre inovação tecnológica, direitos humanos e valores fundamentais da cultura. Na quinta-feira, 27 de março, a segunda parte da atividade decorreu num formato online, reunindo os participantes portugueses com colegas da NHL Stenden, nos Países Baixos. O objetivo foi criar um espaço de diálogo transnacional, onde diferentes perspetivas culturais pudessem enriquecer a análise do episódio e fomentar um debate mais amplo sobre os direitos humanos e os valores europeus no contexto digital. A troca de ideias permitiu que os participantes refletissem sobre como os dilemas apresentados na ficção encontram eco na realidade contemporânea e de que forma os cidadãos podem responder aos desafios colocados pela era digital, garantindo que a inovação tecnológica respeita os princípios fundamentais da dignidade humana.
O Clube para a UNESCO de Inovação e Desenvolvimento Cultural acompanhou a atividade e reforçou a importância do pensamento crítico na análise cultural, fomentando o envolvimento dos participantes na discussão. Este tipo de iniciativa sublinha o papel crucial da cultura e da educação na construção de um olhar atento sobre os desafios da contemporaneidade. Acreditamos que este foi apenas o início de um ciclo de debates sobre o impacto das tecnologias emergentes nos direitos humanos e na cultura europeia. Futuros encontros e atividades semelhantes continuarão a ser promovidos, sempre com o intuito de aproximar estudantes, investigadores e profissionais num esforço conjunto para refletir sobre o mundo que estamos a construir.